A sua viagem para Holanda não estará completa se você não visitar um dos museus mais icônicos do país: o museu guarda as relíquias de Vincent van Gogh em Amsterdam. Um verdadeiro tesouro! Uma viagem ao museu é uma viagem com Van Gogh em Amsterdam.
“Continua sempre a fazer muitas caminhadas e a amar muito a natureza, pois é a verdadeira maneira para compreender a arte cada vez mais.” Trecho de uma carta de Vincent ao irmão Theo, em meados de 1874, Londres.
- 30 de Março de 1853, nasce em Zundert no Sul da Holanda, o menino Vincent. Filho de Theodorus van Gogh e Anna van Gogh-Carbentus.
Seu caminho de vida foi turbulento, mas Vincent van Gogh nos presenteou com uma arte feita do coração e pessoas de todos os cantos do mundo, percorrem seus passos, seja aqui na Holanda, Grã Bretanha, Bélgica, França e a cidade de Paris ( percorri os lugares por onde Van Gogh andou e fui atrás de suas pinturas na capital francesa e registrei em um vídeo, confira depois, é uma opção extra de passeio!).
Nas cidades por onde passou, Van Gogh visitava os museus e as exposições de arte, relatava tudo ao seu amado irmão Theo em cartas, que hoje são livros e graças a essa rica troca de mensagens, temos acesso a essas preciosidades.
O museu dedicado à Vincent van Gogh em Amsterdam, possui mais de 205 pinturas, mais de 500 desenhos e alguns cadernos com os desenhos de Vincent. São os tesouros administrados pelo Governo holandês, através da Fundação Van Gogh com colaboradores especializados a fim de preservar esse patrimônio da cultura mundial: as pinturas de Van Gogh
É uma emoção sem igual poder ver os objetos pessoais que ele utilizava para fazer os rascunhos ou mesmo ideias de algumas pinturas. Se localiza na praça dos museus, a poucos passos do Rijksmuseum e do Moco Museum.
Tudo é guardado com tanto carinho e cuidado para que seu legado continue a nos brindar e contribuir para o nosso conhecimento. Assim, nossa viagem se torna muito mais especial. Os holandeses amam arte e cuidam do seu rico acervo/patrimônio, pois os mestres holandeses da pintura, registraram em suas telas, a história e a cultura do seu povo.
Como sempre, deixo minha sugestão para visitar o museu em um dia e fazer outra atividade não relacionada a pintura, não acrescente outro museu. Você precisa absorver o que viu e se deixar viver cada emoção! Van Gogh merece!
Não passe somente pelas obras, ouça o áudio em português!! O museu recebe mais de 2 milhões de turistas por ano, portanto é super bem estruturado para receber visitantes de várias nacionalidades e oferece o máximo para você realmente viajar no tempo com o pintor holandês, criador dos girassóis mais famosos do mundo!
Vá sem pressa de ir embora! Aproveite tudo que Van Gogh oferece pra você! Ah! pode chorar…é emoção demais.
Em outras palavras, o que podemos esperar para ver por lá? Reuni algumas pinturas de excepcional valor e outras menos conhecidas, ou melhor, menos aclamadas do grande público, contudo, todas são raras e únicas.
10 obras primas para chorar de emoção com van Gogh no museu em Amsterdam
10. Marmelos, limões, peras e uvas
Tudo amarelo? Essa pintura é de uma delicadeza incrível, uma vez que foi criada cerca de 2 anos antes dos icônicos girassóis. Podemos apreciar que tudo gira em torno desta cor. Van Gogh faz um estudo nesta obra com o intuito de analisar as diferentes tonalidades de uma única cor.
Ele acrescenta vermelho e verde e observa que as cores misturadas, trazia um novo tom de amarelo.
O que faz desta obra para você parar e observar é devido ser a única obra com a moldura original. Vincent a pintou de amarelo e com a tinta vermelha deixa sua assinatura. Vincent 87. Ele oferece essa pintura a seu irmão Theo, que sempre o encorajou para usar mais cores.
Cá, entre nos, não dá vontade de experimentar essas peras, me parece suculentas e docinhas! Viajar tem disto e a arte também, fazer fluir a imaginação e criatividade.
9. O Semeador
Van Gogh era “um visionário que vinha acordar o mundo da arte”, essa é uma das frases do crítico francês Albert Aurier. Vincent sempre observou a realidade, ia para os campos e pintava a vida como ela era. Nesta obra colorida, ele coloca o tronco da árvore em primeiro plano, o semeador era o primeiro que pintava com referências e inspirações de suas gravuras japonesas e como se este estivesse realmente em sua frente, e um lindo por de sol para iluminar o semeador.
É uma pintura que expressa os sentimentos de Van Gogh e não um modelo que presenciou ao vivo. Para Theo, seu irmão, escreveu em 21 de Novembro de 1888, de Arles:
” Eis um rabisco da última tela que tenho entre as mãos, mais um semeador. Um disco imenso, amarelo limão como o sol. Céu verde-amarelo com nuvens cor de rosa. O chão violeta, o semeador e a árvore azul da Prússia.”
8. Lírios
Exuberantes e de um contraste lindíssimo. Essa é uma das pinturas que você irá ver de pertinho no museu que conta com mais de 3 andares de Van Gogh. A maioria dos visitantes focam apenas nas pinturas mais famosas, mas meu objetivo aqui é fazer você aproveitar o máximo deste lugar. Há pessoas que passam batido por alguns dos maiores clássicos do pintor, sem entender o porquê de Vincent ter feito tais pinturas.
Tudo vindo de Vincent, possui uma explicação e um significado único. A pintura Lírios, nos traz uma reflexão imensa, uma vez que Van Gogh já estava nos seus dias finais.
Para ele era mais difícil fazer as malas do que pintar, e esses 2 últimos meses, nosso grande mestre nos presenteou com obras importantes que reflete seu entusiasmo mesmo diante de suas confusões. A partir dos Lírios, Vincent fez uma série de paisagens com tanta energia e um colorido intenso, assim como seus pensamentos e relacionamentos, principalmente com o Doutor Gachet, seu médico, pintor amador e amigo de Vincent.
Vale parar um tempinho e apreciar essa linda obra prima!
7. O quarto de dormir
“Desta vez é simplesmente o meu quarto”
Existe outras pinturas e versões deste quadro, uma delas está no Museu D’Orsay em Paris.
“As paredes são de violeta pálido e o chão é de tijoleira vermelha.” Será que Vincent teve bons sonhos neste quarto pequeno e aconchegante?
Eles fez contrates incríveis nesta pintura e ao chegarmos bem pertinho podemos ver as camadas grossas de tinta que ele usava. A simplicidade das cores lisas e brilhantes, os contornos e a ausência de sombras, é a referência dele as gravuras japonesas que ele amava e colecionava.
Essa é uma das pinturas bem concorridas, mas é possível admirá-la por bastante tempo. As salas são grandes e confortáveis.
6. Autorretratos
São muitos. Na falta de modelos, ele fez mais de 20 autorretratos em Paris, o que ele precisava era de um bom espelho. Ele mudava seu figurino e abusava do colorido para experimentar a liberdade de criar novas possíveis tonalidades. No museu há uma caixa com os rolinhos de lã e linhas coloridas que ele fez, para observar quais cores combinavam entre si e quais eram completares.
O que mais me chama a atenção em seus autorretratos são seus olhos. Os olhares são precisos, concentrados, mas também são sinceros.
A verdade é, parar em frente de um pintura como essa, você ficará hipnotizado pela beleza e leveza das cores. É um mistura de sentimentos, alegria e tristeza, é ir de zero a cem em segundos. O ritmo das batidas do nosso coração aumenta, é fascinante! Impossível não chorar.
5. Pereira em Flor
Aqui na Holanda, nós não temos uma imensa plantação de frutas, devido ao clima frio e pouco sol, mas no sul da Europa, na França em Arles, Van Gogh ficou maravilhado de ver as árvores de algumas frutas e fez uma série de pinturas. Os artistas japoneses colhiam as frutas na primavera e para homenagear e ter também sua obra prima, a pereira em flor é uma daquelas pinturas, que transmite algo calmo e sutileza extrema.
A composição é harmoniosa, o colorido é suave traz uma leveza para nós admiradores. Sem duvida, essa é outra pintura que sugiro você parar e olhar com tranquilidade. Depois me diga se não é linda ver de pertinho.
4. Maçãs
Cores e beleza. Mais uma obra prima não muito mostrada nos Top 10 obras de Van Gogh, mais merece toda a nossa atenção.
“(…) Eu trabalho na tela com pinceladas irregulares” “o resultado é, penso eu, perturbador e chocante o suficiente para não agradar às pessoas com ideias preconcebidas sobre técnica.”
Vincent sempre à frente do seu tempo. Ele criou suas próprias técnicas baseadas em observação e o que melhor o agradava. Sábio Van Gogh!
3. Pontes e Casas em Den Haag, 1882
Vincent van Gogh decidiu se dedicar a arte aos 27 anos. A coleção de desenhos do museu é algo impressionante. Ele era detalhista e com um senso estético preciso, característico dele.
Van Gogh queria dominar o desenho para garantir o seu sustento o mais rápido possível. Assim, treinava e queria ganhar prática para fazer “do meu lápis, do meu carvão ou do meu pincel” sua atividade profissional e não depender mais do seu irmão Theo, que o patrocinava.
No museu, um dos cantinhos mais belos é o conjunto de materiais usados por ele. O caderno com seus rascunhos, os lápis.
Essa visita é como viajar por cada lugar junto com Vincent. É estar pertinho, aplaudindo e querendo dizer a ele: vai dar tudo certo, pode acreditar no seu talento. O mundo irá te admirar e suas pinturas serão disputadas!
2. Girassóis
“Estou a pintar com o entusiasmo de um marselhês a comer bouillabaisse” escreveu para Theo em Janeiro de 1889 “o que não te surpreenderá, pois trata-se aqui de pintar grandes GIRASSÓIS.”
Essas serão as pinturas mais famosas de Vincent. Ele fez girassóis de todos os tipos: tortos, pequenos, fechados, abertos, com ou sem pétalas. Procurou usar os tons de amarelos, assim como fez em Marmelos, limões, peras e uvas ( 1887).
É impactante, exuberante e impressionante o tamanho do quadro. Chegar até os Girassóis é percorrer suas fases: do escuro das paisagens holandesas do início da carreira ao colorido da vida fora da Holanda. São muitos girassóis, sorte a nossa!
Quer saber onde encontrá-los? após esta leitura, leia o artigo abaixo.
1. Amendoeira em Flor
Em 31 de Janeiro de 1890, nasceu o filho de Theo com Jo. No mesmo dia, Theo escreve a Vincent: “Como já te dissemos, nós demos-lhes o teu nome e eu expresso o desejo que venha a ser tão perseverante e corajoso como tu”
Van Gogh pintou essa obra prima, para presentear o irmão e deixar eternizado o amor pelo seu sobrinho. Esta pintura simboliza a vida nova.
Existe um presente mais lindo que este?
A amendoeira floresce rápido na primavera, tornando um símbolo maravilhoso da nova vida. Ele pinta com paciência e dedicação, o céu azul bem próximo parece que Van Gogh estivesse debaixo da amendoeira.
Para a família é uma das obras mais queridas!
Seu sobrinho será o fundador do museu, que foi inaugurado em 1973 com a presença da rainha Juliana e o próprio Vincent a acompanhou. O menino cumpriu o desejo dos pais. Após perder sua mãe em 1925, a sensacional Jo van Gogh, que guardou todo o legado do cunhado, a responsabilidade de toda a coleção ficou a cargo de Vincent.
No museu você vai fazer essa viagem espetacular pela vida e obra de van Gogh. É um museu único e fascinante!
Como é o museu de Van Gogh por dentro?
- O museu possui 2 prédios, um principal e outro de exposições;
- É aberto de segunda à domingo;
- São 3 andares no prédio principal;
- Acessibilidade a todos, com elevadores para pessoas que necessitam de um acesso especial e escada rolante;
- A loja do museu oferece uma variedade de souvenirs e livros raros que somente encontramos lá;
A coleção é propriedade da família e da Fundação Van Gogh e o governo holandês administra em conjunto com o museu. As obras são cedidas permanentemente ao museu.
Ficou com vontade de ver as obras de pertinho? Já visitou o museu de Van Gogh?
Viajar para a Holanda é mergulhar na arte, seja das flores em seus lindos campos de tulipas ou nas pinturas dos mestres holandeses. É uma viagem cultural e a certeza de voltar ainda mais apaixonada por Vincent van Gogh.
E, para concluir, nada melhor que mais uma frase deste gênio holandês: ” Deves ir ao museu com frequência, é bom que também conheças os pintores antigos, e, se tiveres oportunidade, lê sobre arte”.
Após cem anos desta frase ( 1873) seu museu foi inaugurado e hoje somos nós que lemos sobre a sua vida e podemos apreciar essas pinturas e estar frente a frente com Van Gogh. Obrigada, Vincent!
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